domingo, 9 de dezembro de 2007

Arquiteturas Pedagógicas

Junto com minha mãe fiz o curso sugerido em e-mail pela Melissa. Foi maravilhoso, e me ajudou a pensar muitas coisas sobre a educação. Um aspecto que acho que pode ser considerado o cerne da questão é como o uso do computador e do espaço virtual pode enriquecer a aprendizagem, tirando o foco do professor como "transmissor de conhecimento" e colocando os alunos como agentes do processo. No momento que se promovem discussões no espaço virtual (fóruns, por exemplo) os alunos que não interagem "não existem" neste espaço. Interagir, então, torna-se necessário para fazer-se presente. Isto contribui para que cada aluno dê a sua opinião, interaja com os colegas e construa seu conhecimento, e não fique mais na passividade.

Avaliação

Não estou querendo "puxar o saco", mas também tenho aprendido sobre avaliação com as práticas do PEAD. Muitos são os textos acadêmicos que falam sobre a dicotomia que existe entre como se quer que os professores do ensino fundamental e médio avaliem seus alunos e como estes mesmos professores são avaliados em seus cursos de formação. Sobre a concepção de escola que temos a partir do que vivenciamos como estudantes e as transposições que fazemos para nossa vida profissional. A respeito disto o PEAD tem sido inovador: a avaliação não se dá a partir de provas, onde os resultados finais prevalecem (como na maioria dos cursos de graduação), mas ao longo do processo de ensino-aprendizagem (acompanhamento de atividades, conversas e retomadas a respeito dos "erros", e uma reflexão sobre nossas próprias aprendizagens - com o portfólio). Durante o semestre recebemos comentários a respeito de nossos trabalhos, sobre o que pode ser aprimorado, o que está na direção certa, ao invés das tão populares "notas" - e elas não fazem a menor falta. Com toda esta vivência como estudante fica mais fácil pensar uma avaliação coerente com nossos alunos.

Educação à distância

Uma das coisas que tenho aprendido durante este curso é sobre a Ead. Como muitos eu tinha meus preconceitos com a educação à distância, mas cada vez mais tenho acreditado nesta modalidade de ensino, à medida que vivencio esta experiência de sucesso que é o PEAD. Dia desses comentavam em minha escola sobre as faculdades à distância, falando muito mal. Pude citar o exemplo da UFRGS contrapondo com outras instituições. Estou cursando também uma pós graduação à distância, em outra instituição, que é completamente diferente. O sistema são as video-aulas, e o curso deixa muito a desejar (as aulas gravadas em vídeo até são boas, mas nem a metade da turma presta atenção, ficam conversando. Nossa avaliação também não é das mais sérias. Não quero desmerecer minha formação, mas justiça seja feita: a Ead funciona e promove aprendizagem mas quando é realizada de forma séria, assim como no ensino presencial.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Projetos de Aprendizagem

Este ano foi a primeira vez que fui com uma turma de alunos à Bienal (meu primeiro ano de experiência como professora de Artes). Infelizmente nossa visita foi feita antes da elaboração do projeto de aprendizagem proposto na interdisciplina de Artes Visuais. Muito preocupada com a compreensão de meus alunos frente à Arte Contemporânea, acabei dando uma "overdose" de informações nas aulas anteriores a visita, retomando toda a história da arte e, o pior, com poucas imagens. Depois da construção do projeto me dei conta de que poderia ter ajudado-os a compreender a arte contemporânea mostrando-lhes apenas um ou dois artistas de períodos anteriores (que já prenunciavam mudanças na concepção de arte). Durante toda a construção do projeto pensava: por que não fiz isto com meus alunos? Bem, vivendo e aprendendo. Com certeza daqui a dois anos, na minha próxima visita a Bienal meu planejamento será diferente: menos "afobado" e levando mais em conta os conhecimentos anteriores dos alunos.