domingo, 25 de novembro de 2007

Histórias infantis

Durante as ultimas semanas estávamos nos organizando para a contação de histórias presencial. Lembro-me que na primeira aula presencial de literatura a professora Gládis falou sobre saber escolher os textos das histórias que contaríamos em sala de aula e saber argumentar com a escola no momento em que são comprados os livros o porque de queremos ou não determinadas obras. Sempre tive uma certa "implicância" com aquelas maletinhas de livros (aquelas que tem um tema e vem 10 livros, geralmente 10 reais), pois achava as histórias pobres, mas nunca parei para analisar melhor o caso. Durante a escolha da história para a contação fui procurar na biblioteca de minha escola um livro que tivesse uma história legal. Queria uma história que divertisse e tivesse um texto rico e não meramente "educativo". Fiquei bastante espantada ao perceber que a grande maioria dos livros da biblioteca de minha escola de Ed. Infantil não eram de qualidade. Haviam muitos daqueles das maletinhas (sobre animais, cores, formas, etc.). Coleções para ensinar comportamento (Luísa fala palavrão, etc.), para falar sobre as diferenças (meu amigo Down). Não que este tipo de livro não possa ser usado com algum propósito na escola, mas pelo que temos aprendido, creio que eles não cumprem o objetivo de FORMAR LEITORES. Lembrava de um livro que tive quando era criança que tinha uma história maravilhosa - "A história do Galileu" (Ziraldo), mas não consegui resgatar o livro. Acabei encontrando uma história boa na casa de minha tia. Fiquei triste com a falta de qualidade literária da biblioteca de minha escola, mas gostei do exercício de analisar os livros. As vezes levamos livros para nossa sala de aula sem este olhar crítico e acabamos desinteressando nossos futuros leitores sem nem nos darmos conta do porquê.

domingo, 18 de novembro de 2007

Por que você ouve tanta porcaria?

A leitura do texto "Por que você ouve tanta porcaria?" foi maravilhosa. Agora consegui entender o por que da entrevista na loja de cd's feita anteriormente. Como muitas colegas relataram no fórum, eu também não escuto muito rádio. Nunca tinha parado para reparar quantas vezes uma mesma música toca num único dia. Sei que a mídia exerce influencia nos "gostos musicais" do povo, mas realmente não tinha a menor idéia deste sistema de "repetição" utilizado nas rádios (assim como antes da entrevista na loja de cd's também não sabia que quem indicava os títulos a serem comprados eram as gravadoras). Isto reforça ainda mais nosso papel como educadores, de não trazer para a sala de aula as músicas da mídia, que já estão sendo repetidas durante todo o tempo que nossos alunos estão em outros espaços. A repetição, ano após ano, da Xuxa, por exemplo, só reforça este "gosto musical" pouco seletivo.

domingo, 11 de novembro de 2007

Estágios de compreensão da Arte

Ontem fui à Bienal com meus alunos e pude vivenciar os estágios de compreensão da arte, descritos por Parsons, vistos em uma das aulas virtuais de Artes Visuais (...)

EM CONSTRUÇÃO

domingo, 4 de novembro de 2007

Sonhos

Ultimamente, desde que tenho trabalhado com os adolescentes, ficava muito frustrada pela ausência de objetivos deles dentro e fora da escola, a ausência de sonhos a respeito da vida toda que têm pela frente... No entanto, a explicação que eu encontrava para tal fato era a realidade social deles, ausência de oportunidades e de incentivo da família. Lendo o fórum dos sonhos me dei conta da diferença que eu, como professora, posso fazer em suas vidas. Para muitas das colegas isto pode parecer obvio, e com uma turma de pequenos, onde há apenas uma professora titular da turma, realmente é. A partir da 5ª série, quando não temos mais tantas horas de contato com os alunos, esse vínculo se perde, e não nos sentimos mais tão responsáveis pelos sonhos e expectativas dos alunos, pois estamos preocupados em "vencer o conteúdo" (tenho só 2 períodos com cada turma em que entro). Parece que "os outros professores podem fazê-lo". Na verdade sei que não irão. Começo a pensar em minha responsabilidade, ao invés de apenas culpar o sistema...