sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Final de jornada? Apenas de uma etapa dela...

Ao final desta etapa posso olhar para trás e ver o quanto cresci, aprendi, amadureci. Amadureci como estudante, como pessoa, como profissional.
Analisar o blog/portfólio foi maravilhoso pois me deu a noção exata desta caminhada. Ao longo das postagens é possível ver cada passo, cada aprendizagem. Interessante poder ver que ao longo desta jornada muitas das aprendizagens se apoiavam em outras tidas em momentos anteriores no curso. Esta "constatação" pode parecer clichê. Todos sabemos que aprendizagens embasam outras, que o conhecimento vai sendo construído desta forma. Entretanto, penso que poder VER este crescimento, dar-se conta dele na própria trajetória, permite-nos superar o que Vigotsky chama de "comportamento fossilizado". Quando a aprendizagem se torna real, quando o aprendido é por nós incorporado de tal forma que nos parece natural, perde-se a noção de que foi uma aprendizagem e parece que sempre pensamos daquela forma, esquecemo-nos de como pensávamos antes.
Ao mesmo tempo a atividade do blog me permite pensar a avaliação de nossos alunos, pois o blog dá conta exatamente desta nova forma de avaliar - não fazendo "prova", testando se os alunos sabem reproduzir o conhecimento passado, mas olhando para as aprendizagens, olhando para o que antes eu sabia e para o que agora eu sei.
Não estou a dizer que dever-se-ia adotar uma forma de avaliação igual para nossos alunos - "A partir de agora todos devem fazer blog de aprendizagens!" - não é isto... Mas a atividade permitiu ver que é possível encontrar caminhos para o que para muitos ainda é utópico. A partir desta vivência tenho certeza de que todas nós do PEAD incorporamos um pouco disto em nossa prática, ou no mínimo em nosso olhar para o aluno - um olhar investigativo e não um olhar que mensura o conhecimento adquirido.

Reflexões Semestre 9

No último semestre do curso tive o privilégio de poder fazer meu TCC em algo que sempre esteve muito presente em minhas vivências, inclusive no período de estágio. As relações entre professoras e auxiliares (uma realidade de sala de aula completamente do ensino fundamental, cuja maioria das formações para professores não contempla). Já havia observado nos anos de trabalho que tenho na educação infantil que as auxiliares (na rede em que trabalho) ficavam sempre mais envolvidas com as questões de cuidado (higiene e alimentação) e as professoras com "a parte pedagógica". Desvendar esta trama de relações e perceber o por quê destas práticas foi muito significativo, pois aliando estas problematizações a leitura me deparei com coisas que nunca havia imaginado.
Além disto, estudar Foucault quase que de forma independente (pois a compreensão dos conceitos do autor eram indispensáveis para a pesquisa se quisesse utilizá-lo como referencial) me fez ver o quanto a educação a distância me deu independência. O aprendizado durante o curso (de encontrar na internet fontes confiáveis, saber selecioná-las, ir em busca da informação) foi essencial para que isto se concretizasse.
Terminei o semestre com algumas respostas e novas perguntas - felizmente, pois continuar estudando faz parte dos meus planos.

Reflexões Semestre 8

A aprendizagem que regeu o semestre foi a organização do espaço na educação infantil. Pude perceber o espaço como um educador auxiliar (Barbosa; Horn), rompendo com antigos conceitos do espaço como apenas atraente.
Nesta direção, aproveitar todos os espaços disponíveis na escola (internos e externos) foi valiosíssimo. Eu que antes ficava muito restrita à sala de aula e as rotinas pude modificar alguns conceitos. Por falar em rotinas, a leitura do livro de Barbosa durante este semestre (Por Amor e por Força: Rotinas na Educação Infantil) aliada às práticas e provocações da professora e tutora me permitiu ver esta rotina de uma forma mais madura. O conceito de rotina flexível, antes apenas no plano das idéias, nunca vivenciado em todo o seu sentido, finalmente foi vivo para mim, uma vez que durante o estágio me permiti modificar drasticamente algumas rotinas de minha turma para atender as necessidades das crianças. Esta experiência foi libertadora, pois uma vez vivenciado o conceito de rotina flexível, ele se tornou aprendizagem prática.