Eu tinha descrito na atividade 2 desta interdisciplina que estou trabalhando os nomes com os meus alunos da Educação Infantil, Jardim Nível B, todos com 5 anos de idade. Eu manteria a atividade porque, através das leituras e estudos feitos na interdisciplina, concluo que a atividade proposta foi bastante relevante e está de acordo com os princípios estudados, mantendo-se dentro da Proposta Construtivista.
Se eu acreditasse na teoria apriorista, poderia apenas colocar meus alunos diante de seus respectivos nomes muitas e muitas vezes e “esperar” que “despertassem” para esta aprendizagem. Se acreditasse na teoria empirista, iria colocá-los a copiar infinitamente seus nomes, apontando cada vez que errassem e pondo-os a copiar novamente, até fazerem seu nome corretamente. Como acredito no interacionismo, no qual tenho fundamentado minha prática pedagógica, escrevi seus nomes e colei-os em suas classe, nos respectivos lugares em que sentam. Fizemos algumas atividades como tentar escrever o nome olhando para o modelo em sua classe com o objetivo maior de verificar em qual etapa do conhecimento cada um dos alunos se encontrava, e não para que eles aprendessem a escrever o nome corretamente, apenas copiando-o. Pedi que procurassem em uma cesta cheia de letrinhas estampadas em blocos de madeira as letras do seu nome e tentassem ordená-las, observando a ordem que estas letrinhas ocupavam em seus nomes colados em suas classes. Também dei a cada um deles as letras de seu próprio nome escritas em quadradinhos de papel para que ordenassem estas letras, montando seus nomes. A seguir, de dois em dois, observamos quais as letras que se repetiam nos nomes dos colegas, e ainda continuaremos trabalhando com o alfabeto, que será móvel e inovador, uma criação minha.
Meu alfabeto este ano é em forma de livros. Fiz uma tira de tecido com bolsos plásticos. Em cada bolso coloquei o livro de uma das letras do alfabeto. A capa do livro é a letra com uma figura bem colorida, e em cada página tem uma palavra que comece com aquela letra, que iremos complementando no decorrer do ano letivo, de acordo com o que formos trabalhar e construindo juntos. A primeira coisa que colocamos neste alfabeto foram as fotos dos alunos e da professora. Os “livrinhos” ficam ao alcance das crianças, que podem manuseá-los tanto em atividades dirigidas, individuais ou coletivas, quanto nas espontâneas. O espiral do livro permite que ele seja guardado no alfabetário (na tira de tecido com bolsos plásticos) com figuras e palavras diferentes na frente, a cada momento, de acordo com sua vontade, e não somente com a figura e a palavra da “capa”. Desta forma e através das diversas atividades que estão sendo desenvolvidas durante o ano letivo (e durante os próximos em que freqüentarem a escola) os alunos, aos poucos, interagindo sempre, irão compreendendo que seu nome é formado por uma combinação de letras finita (algumas das 26 letras do alfabeto, alfabeto este que temos na sala). Aprenderão que será a forma como estas letras são combinadas que determinará a formação, não somente dos nossos nomes, mas das diferentes palavras que poderão construir, podendo utilizar-se destas letras para escrever qualquer coisa que falarem. Aprenderão na prática que “o que pensamos, podemos falar; o que se fala, se escreve e o que se escreve, se lê”.
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