“A descoberta do princípio alfabético demanda a manipulação de segmentos curtos e cuidadosamente escolhidos para permitir que o aluno perceba as unidades distintivas na fala e na escrita. A tomada de consciência da diversidade de textos e suas finalidades demanda, ao contrário, textos ricos, autênticos e socialmente significativos” (Betolila; Soares, 2007)
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Portadores de texto
Leitura na educação infantil
“As possibilidades de realizar atividades concretas e os conhecimentos que as crianças têm são geralmente superiores às nossas previsões. Dado que o papel da escola é ampliar e servir-se dos conhecimentos que as crianças já têm, torna-se evidente que devemos viver todas as situações e usar todos os recursos que nos são apresentados, e não descartá-los jamais por condicionantes como idade” (Cuquerella, 1990)
CUQUERELLA, Marta. Documentos de classe. In: TEBEROSKY, Ana. CARDOSO, Beatriz (org.) Reflexões sobre o ensino da leitura e da escrita. São Paulo: Ed. Trajetória Cultural, 1990. p. 65-100
Produção textual na educação infantil
Letramento: escrita x oralidade
"uma diferença maior entre os dois modos de pensar retoma a tese da abstração, pois nos grupos orais predominaria o pensamento situacional e operacional, que para Ong é minimamente abstrato (ou seja, é abstrato apenas na medida em que toda conceitualização é de fato abstrata) enquanto que os grupos que dominam a escrita utilizariam uma lógica abstrata, livre de considerações contextuais na realização de diversas operações cognitivas." (Kleiman, 2006)
Desta forma, não ser letrado não implica apenas em não compartilhar da função social da escrita, mas estar aquém das expectativas cognitivas do grupo que domina a escrita.
REFERÊNCIAS
KLEIMAN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, Angela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2006. p. 15-61
Alfabetização na escola... letramento?
Freinet
Interessante como recursos que hoje nos pareçam tão banais foram propostos um dia por um educador que está na história. Sim, porque estes recursos já foram tão utilizados por nós que parece-nos até que existem desde sempre. Entretanto a aula-passeio e o jornal escolar foram propostos pela primeira vez por Freinet.
Montessori
As contribuições de Maria Montessori são inestimáveis para o mundo da educação. Para mim, que atuo com a educação infantil, pensar as suas propostas foi estimulante. A idéia de um mobiliário de acordo com o tamanho das crianças e os materiais pedagógicos ao alcance delas. Parece banal, mas isto favorece a autonomia das crianças de uma forma impressionante... Nas escolas de educação infantil (pelo menos nas que trabalhei) o material só ficava ao alcance das crianças nas classes de 4 e 5 anos. Antes disso tudo no alto, para eles não bagunçarem. Penso que não é tarefa fácil trabalhar a autonomia desde os primeiros anos, mas as crianças só teriam a ganhar com o material a seu alcance desde cedo.
Escola Nova
Devido ao que estudei no curso de Artes tinha um pouco de preconceito com o movimento da Escola Nova. Isto porque nas Artes este movimento contribuiu para um esvaziamento progressivo dos conteúdos devido “liberdade de expressão” que propunha aos alunos. Enfim, é uma longa história. Porém pude perceber que, se para as Artes o movimento da Escola Nova não foi assim tão bom, para a Pedagogia foi um marco na forma de ensinar/aprender. Foi a partir do movimento da Escola Nova que passamos a considerar o interesse do aluno no processo de aprendizagem, deixando de centrar o conhecimento na figura do professor.
Educação e Formas de Produção
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As origens da modalidade de currículo integrado. In:______. Globalização e interdisciplinaridade: o currículo integrado. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998, p.9-23
Conversa em Libras... hã?
LIBRAS: Língua
- Configuração das mãos; |
- Locação; |
- Movimentos; |
- Orientação das mãos; |
- Expressão facial e/ou corporal |
Cultura Surda
“Então entendermos que a comunidade surda de fato não é só de sujeitos surdos, há também sujeitos ouvintes – membros de família, intérpretes, professores, amigos e outros – que participam em compartilham os mesmos interesses em comuns em uma determinada localização.” (Strobel, 2008)
LIBRAS - História dos surdos
EJA - Mais reflexões
BRANDÃO, Carlos R. A questão política da educação popular. 4. ed. São Paulo: Brasiliense, 1984. p. 7-10.
OLIVEIRA, Marta Kohl de. Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Revista Brasileira de Educação, Set./Out./Nove./Dez. 1999, n. 12, p. 59-73.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
EJA - O que ensinar? Como ensinar?
“Normalmente levados por uma leitura mecânica do chamado Método Paulo Freire educadores de adultos têm aceitado o desafio simplista de, escolhidas determinadas palavras ligadas à realidade do educando, desenvolver processos de discussão e ou aprendizagem que impliquem simplesmente na decodificação de tais palavras e na sua silabação visando à construção de novas palavras. Tais movimentos, além de se tornarem mecânicos (como se o processo de alfabetização fosse um caminho linear de incorporação de novas sílabas ao universo de aprendizagem do educando), acabam não considerando a experiência acumulada por este educando e suas hipóteses a respeito de como tal processo de escolarização se realiza” (Hara, 1992)
“‘Frases simples’ só com sílabas conhecidas não são necessariamente mais fáceis de ler se pensarmos na motivação que as pessoas tem para extrair algo de significativo do escrito. Manchetes de jornais com fatos importantes do momento são bastante dasafiadoras e fazem convergir muitas informações a respeito da Língua escrita” (Hara, 1992)
HARA, Regina. Alfabetização de adultos: ainda um desafio. 3. ed. São Paulo: CEDI, 1992