Já tinha ouvido falar anteriormente em alfabetização e letramento em outra interdisciplina em semestres anteriores, entretanto adquiri novas aprendizagens quanto a esta questão. Um dos textos trabalhados na disciplina de Linguagem e Educação durante o semestre falava do letramento que a criança adquiria na família. Chamou-me a atenção a diferenciação que a autora fez entre o tipo de letramento adquirido na família em cada classe social: enquanto nas classes mais altas (onde os pais tem curso superior) as perguntas sobre as histórias são bastante exploradas, na classe média elas restringem-se a aspectos mais concretos. Não são feitas por exemplo relações entre eventos da realidade e histórias infantis (como: "Olha o que a fada madrinha trouxe hoje!" fazendo uma relação com um texto escrito, o conto de fadas). Segundo Kleiman "o adulto reconta de maneira simplificada as estórias dos livros, introduz informações discretas sobre a escrita, como nomes das letras, números, cores, e nomes de objetos familiares através de perguntas. A criança responde, "lê" o material aos adultos, memoriza trechos. Não há, no entanto, perguntas ou explicações analógicas que relacionem as semelhanças e diferenças existentes entre as figuras bidimensionais e os objetos reais, não havendo, assim, uma transferência da compreensão da escrita, das atividades realizadas e das habilidades desenvolvidas durante o evento de letramento para outros contextos."(Kleiman,2006)
A autora relaciona estas diferentes interações, os diferentes níveis de letramento proporcionados em casa com o sucesso ou fracasso escolar, afirmando que a escola não cumpre o seu papel de "letrar" as crianças cujo oportunidade não foi concedida em casa.
A respeito disso, passamos a ver a importância que possui um trabalho de letramento na escola.
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