"uma diferença maior entre os dois modos de pensar retoma a tese da abstração, pois nos grupos orais predominaria o pensamento situacional e operacional, que para Ong é minimamente abstrato (ou seja, é abstrato apenas na medida em que toda conceitualização é de fato abstrata) enquanto que os grupos que dominam a escrita utilizariam uma lógica abstrata, livre de considerações contextuais na realização de diversas operações cognitivas." (Kleiman, 2006)
Desta forma, não ser letrado não implica apenas em não compartilhar da função social da escrita, mas estar aquém das expectativas cognitivas do grupo que domina a escrita.
REFERÊNCIAS
KLEIMAN, Angela B. Modelos de letramento e as práticas de alfabetização na escola. In: KLEIMAN, Angela. Os significados do letramento: uma nova perspectiva sobre a prática social da escrita. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2006. p. 15-61
Nenhum comentário:
Postar um comentário